Quando eu era adolescente queria ser neurocientista cognitiva. A neurociência é o estudo do nosso cérebro. Mas isso porque vi um livro enorme numa livraria, maior que uma jaca, com um cérebro na capa, e comecei a folhear. O cérebro humano é tão complexo, e ao mesmo tempo a gente não precisa entender ele, porque ele simplesmente funciona!
O cérebro nos faz tomar decisões sem a gente perceber.
Neurovendas é quando a gente une neurociência ao marketing de vendas pra se aproximar dos clientes. E lembrando: Nós também somos clientes, não estamos falando “deles”, estamos falando da gente. A decisão de comprar ou não alguma coisa acontece no nosso subconsciente. E nos dias de hoje, com a quantidade de ofertas, nos importa cada vez mais como as empresas nos tratam e qual é o atendimento que vão nos dar, como vão nos envolver.
Buscamos uma troca, uma proximidade.
Quando a narrativa da marca traz uma história para o cliente, ela consegue estimular as emoções de quem tá do outro lado. Não pense que a pessoa tem empatia por algo que não interessa sua sobrevivência ou sua satisfação. Ontem eu comprei um livro. Não era de neurociência, era o Torto Arado, do Itamar Vieira Junior, que ganhou o prêmio Jabuti em 2020. Eu sabia que se entrasse na livraria ia comprar alguma coisa.
Além dos livros serem necessários pra minha sobrevivência, eu amo cheiro de livro.
Então, a gente se identifica com uma história sem se dar conta que está sendo conduzida à comprar um produto ou serviço. Isso é storytelling, um dos conceitos de neurovendas que nos ensina que as pessoas vão se lembrar mais de um produto ou conteúdo quando você trouxer emoção.
Por Giuliana Heberle
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