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  • Foto do escritorNéktar Design

A Vida que Habita o Design

Esse texto é um copilado da série de lives “ A Vida que Habita o Design", realizada por nós durante a pandemia. Foram cinco encontros com a intenção de abrir um debate sobre uma forma de fazer design que chamamos de “vivo”. O que essa expressão remete a você? O que significa fazer um design vivo? O que o conceito de vida tem a ver com design? Essas perguntas nortearam conversas inspiradoras com profissionais que admiramos no mercado de comunicação e design.

Nas lives falamos dos temas: estratégia, metodologia, identidade, biomimética e comportamento. Foi muito interessante perceber como o design, quando vivo, permeia os ambientes e áreas com facilidade, trazendo à tona conceitos e valores muito pertinentes para o desenvolvimento das empresas e dos indivíduos.

Para o Fernando Ribeiro, Head de estratégia da Gut São Paulo,“Toda a estratégia de marca tem que ter CLAREZA e ENERGIA. A estratégia traz clareza pra um negócio, pra uma equipe, pra um plano, pra um objetivo. E ela tem energia pois faz com que as pessoas se motivem no entorno dela, sejam consumidores, sejam os guardiões da marca. Ela vira um briefing pra inovação... ou seja ela tem energia... ela faz com que coisas no entorno se movimentem... Isso pra mim seriam os dois pilares principais na hora de alguém pensar a estratégia de uma marca.”

Segundo ele, o branding tem diferentes papeis em cada estágio da marca. O que diferencia esses papeis é a consistência. O branding, para marcas que estão começando, tem um caráter quase organizacional. Como organizar produtos e serviços dentro de um sistema, por exemplo. Já para uma marca que está há mais tempo no mercado, o estágio é outro. Pode ser que precise de um norte mais claro, saber para onde querem ir. E isso é um design vivo. Não importa onde a marca se encontra no seu ciclo de vida, ela precisa se atualizar, repensar, questionar.

Guilherme Correa Meyer, doutor em design e professor da Unisinos, trouxe uma visão interessante sobre design vivo e metodologia. Segundo ele, para um design ser vivo a metodologia também precisa ser viva, ou seja, o designer precisa estar livre para testar e reinventar ao longo do seu processo criativo. A metodologia é um guia, porém, não pode engessar. Nessa mesmo linha, a Júlia Bacautchuk, psicóloga que participou da live sobre design vivo e comportamento enfatizou que, no campo da pesquisa, muitas vezes, temos que criar as nossas próprias bússolas. Usar toda a nossa bagagem com uma pitada de feeling para entender comportamentos e escolher linhas condutoras conceituais. É seguir um processo com a consciência de que no meio do caminho talvez não tenhamos certeza de nada, com a confiança de que no final saberemos (quase) tudo.


A importância de uma marca ativa também foi tema da live da Ana Lydner sobre tipografia. Você já parou para pensar que a fonte também faz parte da voz da marca? Faz total sentido. Um exemplo bem comum é parecer que estamos gritando quando usamos caixa alta em uma mensagem para alguém. Certo? Criar identidades de marcas fortes e memoráveis envolve pensar em um sistema gráfico, onde logo, cores, grafismos e fontes são combinados criativamente para traduzir o DNA e estratégia . É legal também olhar para isso com o foco na natureza e esmiuçar a relação da vida com o design. Foi com esse viés a live da Giane Brocco sobre design vivo e biomimética. O termo biomimética vem das palavras gregas bios, que significa vida, e mimese, que significa imitar. É uma área da ciência que tem por objetivo o estudo das estruturas biológicas e das suas funções, procurando aprender com a Natureza, suas estratégias e soluções, e utilizar esse conhecimento em diferentes domínios, inclusive no design. A natureza é uma eterna fonte de inspiração, que respeita ciclos, que confia nos processos. Tudo com perfeição e harmonia.

Gostou desse conteúdo? Você pode assistir as lives na íntegra através do nosso IGTV, no instagram. Vai lá e depois nos conta o que achou.



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